Friday, March 30, 2007

É do francês Henri-Pierre Jeudy o livro “O último cigarro”. Fala da viagem pessoal do autor sobre a já desgastada conversa sobre de parar ou não de fumar, seus significados, etc.

Eu acho um saco. Sou um fumante meia boca – ou seja, não macho suficiente pra largar de vez essa cousa fedorenta e sem sentido, nem também o suficiente pra me assumir enquanto tabagista. E daí.

Mas acho chato, por exemplo, não poder fumar num shopping center. Não sou comprador compulsivo (sou um comprador meia boca), o que quer dizer que eu faço o sacrifício de entrar num shopping center quando preciso comprar UMA calça, ou UMA camisa nova, ou um teclado novo pro computador, num domingo à tarde. Assim, ando pouco, encontro o que eu talvez esteja precisando, experimento, agradeço e vou tomar um capuccino. Dou mais uma volta, olho os similares, penso nos preços, e volto ou não à primeira escolha pra, feliz, se deicidir que sim, pagar pela minha compra e pedir pra guardarem pra mim, “só um segundo enquanto vou tomar um capuccino”, já que eu também não carrego bolsas. Dou mais uma volta, acabo comprando um CD ou um livro, e só quando já decidi ir embora volto pra buscar minha bagulhada. E se der vontade de fumar nesse meio tempo? Outro dia fui no Botafogo Praia Shopping, e descobri que a área de fumantes é um banquinho dentro do estacionamento. Uma pessoa como eu não fuma numa saúda fedida. Melhor não fumar, e assim não fumei.

Não pode mais fumar na sala de espera de aeroporto nenhum (como assim?), nem no Fórum, nem na maioria dos restaurantes, nem em nenhum desses kugares onde é um clássico o cigarrinho dando um clima noir à conversação, ou ao voyeurismo solitário. Que gente mais chata.

O mundo anda mesmo muito chato. Como se fossem durar pra sempre, com seus pulmões limpinhos, blergh.

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carioca, advogado, solteiro.