Wednesday, October 29, 2008

Podemos definir Legitimidade como sendo um atributo do Estado, que consiste na presença, em uma parcela significativa da população, de um grau de consenso capaz de assegurar a obediência sem a necessidade de recorrer ao uso da força, a não ser em casos esporádicos. É por essa razão que todo poder busca alcançar consenso, de maneira que seja reconhecido como legítimo, transformando a obediência em adesão. A crença na Legitimidade é, pois, o elemento integrador na relação de poder que se
verifica no âmbito do Estado. (Norberto Bobbio – Dicionário de Política)

Tomara que a experiência nos prove o contrário. Mas me dá um aponta de pessimismo quando, pensando nas últimas eleições no Rio, vemos uma série de golpes baixos no segundo turno: uma série de pilantragens (eu chamo pilantragem qualquer exercício revestido de legalidade com o único fim de prejudicar outra pessoa) tais como decretar feriado no dia seguinte ao domingo de eleição, causando uma abstenção sem precedentes (ponto pra sua inteligência, prefeito), e a boca de urna descarada do candidato do prefeito sem a menor repressão (EU VI, não me contaram).

Tudo isso tomou a imprensa de assalto nos últimos dias, deixando essa vitória do Paes meio agridoce. Ganhou, mas não parece ter levado nossa fé. Parece, salvo erro de julgamento desse modesto blogger, uma crise de legitimidade. Vamos ver. Quem sabe.

Friday, October 24, 2008

Perdoem-me a implicância. Mas esse excesso de insistência em cima do assunto do nepotismo me cheira mal, muito mal. Filhos, maridos, mulheres e irmãos sempre tiveram e sempre terão nossa especial atenção, negar o instinto de proteção à própria família é negar o sol com a peneira.
Nosso problema não é o nepotismo. É o excesso de vadios completos que sugam o NOSSO dinheiro, em salários nada modestos que se transformam em pensões generosas, e aposentadorias idem, perpetuando nossa dívida para com... os serviços indispensáveis prestados à nação. Enfim.
Tenho um amigo que é filho de desembargador e tinha um cargo no Tribunal como assessor de um outro desembargador – obviamente não se emprega o filho no próprio gabinete – o sujeito minimamente sensato faz o devido arranjo para não ter que passar esse constrangimento de petista. Enfim, esse amigo trabalhou por três anos, e é um jurista incrível, inteligente, articulado, bacana, trabalhou sem faltar, muito mais que qualquer concursado zé-ruela que ganha ali o que não é capaz de ganhar na iniciativa livre, que despreza a ignorância e a preguiça. Tanto que saiu e hoje é um advogado bem sucedido e ainda por cima tem uma banda (porque não basta ser incrível, a gente tem que bombar nesse bagulho!) J
FATO – não sei qual o grau de ignorância ou de complexo de inferioridade que move a imprensa nessas horas. O tiro sempre é dado no lugar errado, fico bobo com isso.

Monday, October 20, 2008

Não estamos na Suíça.
Li hoje um jurista reclamando da baixa qualidade dos nossos hilários candidatos a prefeito e vereador Brasil afora.
Que as promessas infinitamente além das possibilidades legais de cada cargo se dariam por conta de óbvia ignorância de tudo, tudo, tudo.
O que me conforta é que, com a graça de Deus, não é essa gente que vai, no final das contas, colocar a mão na massa: toda Câmara tem um quadro de funcionários concursados, que permanecem legislatura após legislatura, distribuídos nos gabinetes e comissões de modo que a ignorância crassa fica da porta para fora, o que vemos de absurdo no produto final eventualmente é parido de negócios políticos costurados sempre pela lei do interesse vencedor, ou do que leva mai$. Isso nem sempre é ruim, como também nem sempre é bom – como a vida.
O resultado prático na nossa vida é, portanto, de todo esse processo – vereador Zé do Posto + Câmara + Regimento Interno + parecer da comissão.
Como não vivemos na Suíça, não existe a menor chance das nossas casas legislativas serem preenchidas por pessoas cultas, bem sucedidas, inteligentes, sagazes, bonitas. Somos um país 70% “Zé do Posto”, com um percentual africano de analfabetos funcionais e miseráveis. Fica a representação popular, dita representação popular, fincada nesse espelho entre o que temos nas ruas dentro das câmaras – governando nossas suaves vidas.
E vamo que vamo, dia 26 votar de novo. Seja o que Deus quiser.
Bejo, tchau.

Friday, October 17, 2008

Greve dos funcionários do Tribunal do Rio na terceira semana. Posso pensar alto?

Falta macho nessa joça. Cadê o Governador? São três semanas sem que o Judiciário funcionando. O poder necessário a conter ânimos e fazer as coisas acontecerem está simplesmente parado. É uma vergonha inaceitável que não haja nem uma linha sobre esse assunto no jornal.

Enquanto isso, um pé rapado de 20 anos mantém a namorada de 15 como refém no interior de São Paulo, ocupando horas e horas no noticiário, dezenas de policiais, um sem número de promotores (ainda bem que não invadiram o Planalto e não fizeram o Embaixador de Guaranhuns como refém. Não iam saber o que fazer).

Thursday, October 09, 2008

Penso eu com meus botões qual seria a função da gente se apaixonar.
A gente perde absolutamente o Juízo. Acho incrível, isso.
Eu tenho certeza que aconteceu comigo quando eu fico nesse torpor ótimo.

Friday, October 03, 2008

Shabat Shuvá (entre Rosh Hashaná e Yom Kipur), quando lemos a Haftará Shuvá Yisrael (Retorna, Ó Israel), constitui-se num dos sábados mais importantes do ano. Até a chegada da véspera de Yom Kipur, o dia no qual nosso destino é selado para o ano todo.

Hora de pensar nas coisas.
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carioca, advogado, solteiro.