Não estamos na Suíça.
Li hoje um jurista reclamando da baixa qualidade dos nossos hilários candidatos a prefeito e vereador Brasil afora.
Que as promessas infinitamente além das possibilidades legais de cada cargo se dariam por conta de óbvia ignorância de tudo, tudo, tudo.
O que me conforta é que, com a graça de Deus, não é essa gente que vai, no final das contas, colocar a mão na massa: toda Câmara tem um quadro de funcionários concursados, que permanecem legislatura após legislatura, distribuídos nos gabinetes e comissões de modo que a ignorância crassa fica da porta para fora, o que vemos de absurdo no produto final eventualmente é parido de negócios políticos costurados sempre pela lei do interesse vencedor, ou do que leva mai$. Isso nem sempre é ruim, como também nem sempre é bom – como a vida.
O resultado prático na nossa vida é, portanto, de todo esse processo – vereador Zé do Posto + Câmara + Regimento Interno + parecer da comissão.
Como não vivemos na Suíça, não existe a menor chance das nossas casas legislativas serem preenchidas por pessoas cultas, bem sucedidas, inteligentes, sagazes, bonitas. Somos um país 70% “Zé do Posto”, com um percentual africano de analfabetos funcionais e miseráveis. Fica a representação popular, dita representação popular, fincada nesse espelho entre o que temos nas ruas dentro das câmaras – governando nossas suaves vidas.
E vamo que vamo, dia 26 votar de novo. Seja o que Deus quiser.
Bejo, tchau.
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