Lembro que minha avó catava feijão. Será que alguém ainda cata feijão? Põe uma quantidade numa baciazinha e fica separando os grãos ruinzinhos do resto? Tipo um cuidado com o que vai ser comido pelo pessoal (filhos, irmãos, alguns sobrinhos) - sempre tinha muita gente comendo em casa.
Mas o melhor foi que ela me ensinou toda a jogada do nascimento das plantas, o grãozinho que cai na terra, que brota um negocinho e pá... dali a um tempinho nascem umas folhinhas e pá... enfim, quando eu aprendi sobre vegetables no colégio, na aula de ciências e depois , biologia (porque eu já era crescidinho e já manjava toda aquela conversa de elementos químicos, e tal e coisa) - bom, os feijõezinhos que brotavam ao acaso na jardineira embaixo do lugar onde minha avó ficava sentada no muro da varanda da casa na Penha, da bacia que ela religiosamente, sábado à tarde, separava naquelas tardes lindas com céu alaranjado, com tantas árvores imensas, eternas, em volta, ouvindo as cigarras cantarem... vão ser pra sempre minha referência pro mágico e sagrado mundo da vida das plantas.
Essa saudade toda me bateu fazendo compras no supermercado no final da tarde de hoje. :)
Tenho muita saudade de tudo da minha infância. Se bem que eu sou chegado numa saudade imediata de tudo e de todos os tempos, e de todo mundo, porque eu desconfio que tudo na vida passa.
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