Saturday, February 03, 2007

Olha só que coisa, sou realmente muito boçal. Fazendo um macarrãozinho pré-praia sábado e resolvo acabar de vez com o ministério da vida após a morte. Esqueçam a batalha, religiões do mundo, vou esclarecer tudo isso de vez JÁ.

Não tem vida após a morte, caráleo!!!!!!

Nada, nada, nada. Morreu, cabou. Zé-fini.

Quem inventou essa de céu? e inferno? Inferno então, acho que foi o auge da cafonice: pedras ardentes (e aí, vou ficar naquele calor todo? meu pé vai queimar no chão? eternamente? se for eternamente então, me explica direito aí, porque a dor como a gente conhece serve pra avisar que alguma coisa que pode nos tirar a vida nos tocou - se você, tecnicamente, já era mesmo, a dor não vai existir mais. E aí, o pé fica queimando até o que? Virar churrasco? Não tem conserto? Em 1 mês eu já tô em carne viva então! E aí, depois, game over? Ou será q EU tô ficando maluco?)

E céu!!!! OK, OK. Fui legal e morri e fui pro céu. São Pedro no Portão? Portão pressupõe muro, lugar dentro e lugar fora - ameaça. Quem mora no subúrbio do céu? O Cérbero vai me morder se eu resolver sair pra dar uma volta? E lá dentro, o que vai ter? Prazeres eternos? Prazeres? Prazeres nos levam pro inferno, então a gente vai ficar no sobe-e-desce? ai ai

A morte em si, deve ser muito gostosinha. Doer de dor não deve doer. Dor é na hora do parto, quebrar um osso, se ralar no asfalto (ai)

Morrer deve ser bem gostoso, ou, como na hora do fuque-fuque, petite-mort. Alguma inteligência muito grande, na falta de palavra que o definisse, pensou que a morte devia ser daquele jeito. E eu tenho a leve impressão de que sim, morrer não dói.

Depois acabou. Nada de espírito, fantasma, resgate, reencarnação. Nada.

Como a gente sempre foi aquilo, volta a ser o que sempre foi depois que páram as funções orgânicas do nosso personagem humano. Se aquilo que a gente é, e sempre foi, resolve, ou é resolvido, a mando daquilo outro, a ser outra coisa, que venhamos na forma de um avestruz, ou de um tigre. Queria voltar na terra, até que esse planetinha é bacana. Mas um bicho mais legal dessa vez. Queria ser um tubarão, ficar na fissura do mar uma viiiiida inteira. Podia também ser uma gaivota e morar numa cidade muito bonita, comer uns peixinhos, ver o pôr do sol de cima. Uma ave de rapina nos alpes suíços... aquela luz refletida na neve, nossa.

Queria ter um organismo igual ao de uma água-viva. Já pensou, que legal você olhar pro próprio umbigo e ver tudo ali, transparente, com aqueles fiozinhos azuis e vermelhos fazendo a sua circulação, e tal. Porque eu acho que água viva vive de things, né? plâncton. Imagina, que vida maravilhosa de esforço zero, você tá lá, existindo, e tal. Bateu uma fominha, é só abrir a boca! tchun, tudo que você precisa pra continuar existindo entra ali, na hora, fresquinho. É só ficar ligado na qualidade da água que você tá, e pronto! Vida ótima.





Meu macarrão tá pronto. Adieu!

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