Necessariamente, sem exceção, o exercício da política implica em um desvio de caráter que eu gostaria muito de poder nominar, mas para tanto me falta campo semântico e conhecimento mais decente de psicologia.
Mas tive o prazer de ver esse mundinho – dos políticos – muito de perto, quando trabalhei por dez meses na assessoria da Câmara Municipal do Rio de Janeiro uns anos atrás.
É algo que faz com que o sujeito aprecie aquela vida de reverências e privilégios, e goste de simplesmente deter poder, mesmo sem saber exatamente a que ele se destina para além do seu próprio mundinho. O constante afago no ego é o próprio inferno que a vida dos sujeitos que vivem da política é. Inferno de falta de privacidade e da confusão entre a persona e ele mesmo. Aliás, ele se esquece dele mesmo (será que essa é a chave do negócio?) pra ser o deputado, vereador, governador. Fulano deixa de existir e no seu lugar temos somoeno else.
Ado, aado, cada um no seu quadrado.
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